Não é apenas com eventos inovadores, workshops de ideação, premiações de ideias dos colaboradores ou outras ações pontuais que uma empresa conseguirá desenvolver uma capacidade consistente e sustentável de inovar. Está cada vez mais claro para quem se aprofunda no tema que, para criar uma cultura e capacidade duradoura de inovação, é necessário implementar um modelo de gestão abrangente, que envolva um amplo conjunto de ações, durante um período de tempo suficiente para consolidar o aprendizado. É aqui que entra o papel crucial do comitê de inovação.
Empresas que não adotam uma abordagem holística para a inovação estão destinadas ao fracasso.
Entre os principais motivos que levam uma empresa a falhar em seus esforços de inovação, destacam-se:
Liderança desorientada: Falta de clareza dos líderes sobre seu papel no processo de inovação.
Ausência de estratégia: Tentativa de inovar sem um direcionamento claro, sem uma estratégia definida, e sem uma visão clara das ambições e das condições que moldarão os esforços necessários para alcançar os objetivos de inovação.
Deficiência em gestão: Falta de um processo bem estruturado para gerenciar todo o esforço inovador.
Incapacidade de personalizar esforços: Dificuldade em lidar com os diferentes tipos de esforços de inovação necessários no contexto atual, como P&D, Engenharia, Novos Negócios, Digitalização, entre outros.
Cultura anti-experimentação: Apesar do discurso de promover a tolerância ao erro e um maior apetite ao risco, as atitudes e a cultura organizacional anti-inovação prevalecem.
Instabilidade orçamentária: Inconsistência na alocação de orçamento para inovação ao longo do tempo.
A boa notícia é que a importância de uma visão holística da inovação está sendo cada vez mais reconhecida por um número crescente de empresas. Recentemente, talvez impulsionadas pelos desafios impostos pela pandemia, até mesmo empresas que ainda não tinham tempo para testar iniciativas isoladas de inovação estão percebendo essa necessidade.
Entre as decisões que ajudam a organizar o esforço inovador, uma das mais relevantes é o estabelecimento de um comitê de inovação. Diferente de quando a gestão da inovação era um campo pouco explorado, e a formação de um comitê era opcional, hoje estamos convencidos de que a existência de um comitê, conselho, comissão ou fórum de inovação é essencial para o sucesso de um bom modelo de gestão da inovação.
Mas qual deve ser o papel de um comitê de inovação?
Primeiramente, é importante reconhecer que, dentro do macroprocesso de inovação, existem atividades de direcionamento, monitoramento, orquestração e execução. Em linhas gerais, o escopo de atuação de um comitê de inovação abrange as três primeiras atividades. Outro ponto importante é o perfil das pessoas que devem compor esse comitê. Nesse aspecto, há mais flexibilidade, sendo comum a representação de diversas áreas da empresa e a participação de lideranças.
A partir do framework de gestão da inovação, detalhamos abaixo os principais papéis que um Comitê de Inovação deve desempenhar:
E a sua organização, tem um comitê de inovação? Compartilhe conosco seus aprendizados sobre o tema.
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